Dessulfatação de Baterias Tracionaria - Fragmentum Baterias Tracionarias

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Dessulfatação de Baterias Tracionarias

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Dessulfatação de Baterias Tracionarias | Fragmentum Baterias Tracionarias

Dessulfatação é um processo de recuperação das placas da bateria, ele pode ser preventivo ou corretivo. Através de um equipamento especial, chamado Dessulfatador, as placas recebem correntes elétricas baixas e programadas para cada nível de desgaste. Esse nível é identificado através de outro equipamento específico que é o Descarregador.

O Processo de Dessulfatação de Baterias Tracionarias

O processo de dessulfatação é acompanhado pelo técnico de manutenção de baterias, ele analisa a cada período de horas a situação da bateria através de gráficos e medições de densidade, corrente e capacidade.

Esse acompanhamento é necessário para monitorar a quantidade de carga, tempo e temperatura da bateria pois ela jamais pode sofrer aquecimento.

Com o tempo de uso é normal as baterias perderem autonomia, pois o carregador identifica apenas a tensão e não a corrente das baterias.

A corrente é gerada através da reação química do eletrólito com as placas negativas e positivas. Por não ler a corrente o carregador não sabe de fato a recarga total que deveria e com isso as placas sofrem o que chamamos de cristalização e isso é o que condena grande parte das baterias tracionaria. Exemplo: No caso de uma bateria tracionaria 48V x 608AH, atinge 60.5 de voltagem no carregador em final de carga, desligando o mesmo. Isto não quer dizer que a bateria tracionaria conseguiu armazenar os 608AH dentro de suas células. Como o carregador não lê a amperagem final, ele desliga quando a bateria tracionaria atinge sua voltagem final de 60.5. Isto pode ser que a bateria tracionaria esteja sulfatada não acumulando a energia total que suas células podem armazenar.

Neste caso necessita fazer a dessulfatação para retirar os cristais de sulfato que estão nas placas e a bateria tracionaria possa voltar a trabalhar com sua carga máxima. Esse processo que é a soma de equipamento especial e acompanhamento técnico, recupera as placas evitando que elas cristalizem no caso preventivo ou renovando as placas no caso do corretivo.

Recomendo após o primeiro ano de uso da bateria tracionaria nova, ao menos uma vez por ano, após o terceiro ano recomenda-se duas vezes ao ano. Porém é através da manutenção preventiva, com o acompanhamento do técnico que vai dizer ao certo qual o momento ideal.

É o ajuste químico ou não, para que todos os elementos fiquem com densidades iguais.

A Forma Correta de Fazer a Manutenção de Baterias Tracionarias

Para a manutenção correta de uma bateria é importante conhecer aquelas situações que possam danificar o desempenho, dentre elas está a sulfatação, que pode criar uma degeneração nos componentes de uma bateria até torná-la não mais utilizável.

Dessulfatação, é um processo que permite restaurar a funcionalidade de uma bateria prolongando a sua vida útil e na maioria das vezes eliminando a necessidade da substituição antes do tempo.A mesma reação química na qual baseia-se o funcionamento de uma bateria tracionaria, além de fornecer energia elétrica, cria uma condição eletroquímica que leva progressivamente à degeneração dos componentes da bateria, que resulta na perda da capacidade de armazenamento de energia.

Durante o processo de descarga, as placas de chumbo combinam-se com a solução eletrolítica ácida criando cristais de sulfato de chumbo. Esses cristais depositam-se na superfície das próprias placas impossibilitam o desenvolvimento do processo eletroquímico de maneira correta, causando então a degeneração da bateria tracionaria. Essa situação é denominada “Sulfatação”.

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O processo de dessulfatação deverá levar à reabsorção desses cristais na solução eletrolítica, com a consequente restauração das condições normais, mas o acúmulo excessivo torna difícil a dissolução desses cristais comprometendo a funcionalidade correta da bateria.

Então um processo forçado (dessulfatação) devolve a densidade inicial da solução eletrolítica através da aplicação de pulsos de correntes especiais que desagregam esses cristais (quebra das ligações moleculares entre íons chumbo e íons sulfato ácido) permitindo muitas vezes restaurar a bateria.

As causas que levam à sulfatação de uma bateria são inúmeras, mas é significativa a situação na qual a bateria permanece durante longos períodos sem ser utilizada ou ineficiência do carregador de repor completamente/corretamente a energia consumida após o uso no período de trabalho, veículo elétrico, etc. Este processo não garante o sucesso da recuperação, pois cada bateria pode formar esses cristais em quantidades e locais diferentes dentro dos vasos. O processo de dessulfatação leva 20h, 48h ou mais, dependendo da corrente (Ampéres) de cada uma. A dessulfatação é o recurso final para termos certeza que as baterias chegaram ao final de sua vida útil ou não. Não é possível prever ou garantir a recuperação das baterias tracionaria.

Baterias Tracionaria com até quatro anos de vida, mais que isso é necessário uma análise interna de cada bateria tracionaria, desmontando alguns elementos por amostragem e avaliando se deve realizar uma dessulfatação ou não, para garantir o serviço. Orientamos realizar a manutenção preventiva periodicamente nas Baterias Tracionaria pois só assim o técnico poderá orientar a necessidade e o período correto para realizar a dessulfatação nas baterias tracionaria, se for o caso.